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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Vida nova, sonhos antigos...

“A ciência é, portanto, uma perversão de si mesma, a menos que tenha como fim último, melhorar a humanidade.”
                                              Nikola Tesla

Como disse no texto de ontem uma nova vida ia começar e realmente começou, muitas pessoas não entendem que as mudanças são necessárias em nossas vidas, não percebem que às vezes precisamos parar e refletir sobre a vida e ai sim decidir qual caminho seguir, eu fiz a minha escolha e não me arrependo de estar entrando nessa nova fase da minha vida, por mais estranha que possa ser, eu estou feliz assim e encontrei um sentido real para a minha vida.

Não, eu não mudei de religião e virei um fanático, eu não encontrei a minha “alma gêmea”, eu não mudei a minha opção sexual, eu não fiz nada de extraordinário, apenas mudei a minha visão sobre as minhas capacidades, sobre a minha vida, sobre onde posso chegar e como vou chegar, acho que ontem aconteceram coisas que eu precisava viver, aconteceram coisas que mudaram a minha vida e posso afirmar que é para melhor.

Quem me viu no dia de hoje percebeu o quanto eu estava feliz, animado e, principalmente, forte, sinto que estou abrindo mão de muitas coisas, mas estou fazendo isso para seguir o meu sonho e lutar pelo o que amo, nessa madrugada eu entendi porque minha vida vivia oscilando entre momentos bons e ruins, pois tudo aquilo que procurava era errado, claro que muitas dessas coisas e dessas pessoas me fizeram feliz e continuam fazendo, mas a minha vida vai além disso, o que desejo para o meu futuro esta além de tudo que imaginava precisar, mas tudo estava ali na minha frente e eu não enxergava.

Sempre sonhei em construir a minha família no futuro e continuo sonhando com isso, mas hoje vejo que isso não é a prioridade, pois sempre desejei deixar uma “herança” para o mundo e hoje vejo que posso deixar muito mais, vejo que essa “herança” pode estar além de tudo que imaginei e pode mudar a vida de muitas pessoas, claro que será difícil construir a minha família no futuro, principalmente quando o que estou fazendo consome todo o meu tempo útil, mas isso me faz feliz e sei que tenho potencial para ultrapassar as minhas expectativas, basta focar todo esse potencial no que realmente importa.

Fico muito feliz pelo convite de May para ajudar no projeto que estamos trabalhando e por mais que eu tenha me afastado da física, em partes, hoje estou eu aqui novamente voltando a minha vida nerd, recuperando o meu sonho de deixar algo útil para as próximas gerações, estou começando a realizar o meu sonho de usar todo o meu conhecimento e potencial para melhorar a vida das pessoas ao meu redor e como já disse, posso estar perdendo muita coisa, abrindo mão de um futuro bom, mas estou fazendo o que eu sempre amei, por mais que eu fracasse, por mais que eu não chegue a lugar algum, por mais que no fim da minha vida eu olhe para trás e só veja fracassos, eu estarei feliz e realizado por ter feito o que eu mais amo na minha vida.

Sei que estou voltando a minha vida de nerd e me sinto bem assim, me sinto feliz, isso me anima e me da força para lutar todos os dias, pois sei que por mais que eu esteja mal, por mais que tudo esteja dando errado, eu estarei feliz por poder fazer tudo aquilo que sempre desejei, por poder estar seguindo o meu caminho e estar da fazendo aquilo que amo e tenho paixão em fazer. É difícil abrir mão de um sonho, mas é apenas um sonho egoísta, seria muito fácil conseguir o melhor para mim e para a minha família, gosto de desafios e isso me motiva a seguir lutando para chegar onde poucos conseguiram, não desejo ser reconhecido e nem famoso, principalmente quando o maior inventor que já passou por esse mundo é desconhecido entre a grande parte da população, a única coisa que desejo é que em meu leito de morte eu possa olhar para trás e ver que eu mudei a vida de muitas pessoas e fiz o melhor por elas.

“Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.”


“Em 7 de janeiro de 1943, Nikola Tesla morreu em Nova York aos 87 anos. Ele estava literalmente quebrado, vivendo no hotel New Yorker, em uma sala que dividia com um bando de pássaros, quem ele considerava seus únicos amigos.
As indústrias que ele construiu, há muito tempo haviam virado suas costas a ele. A comunidade científica ignorava a ele e suas idéias excêntricas. Ao público em geral, ele era tanto desconhecido como objeto de ridículo, um lunático cujos devaneios eram apenas úteis para tablóides sensacionalistas.”

Abraços Thiago Ramone

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